segunda-feira, 25 de maio de 2009

Prefeito de Petrópolis bota dedo na cara de Lindberg Farias

“Ninguém foi ouvido. Ele não pode sair por ai como se fosse

o nosso porta-voz”, disparou Paulo Mustrangi.

Por pouco o encontro de prefeitos do PT com o governador Sergio Cabral não termina em briga feia. Alguns prefeitos se revoltaram com o fato de Lindberg ter ficado com todo o tempo do partido para falar nos programas de TV. O prefeito de Petrópolis era o mais esquentado com o fato e chegou a tomar satisfações com o ex-cara pintada. Paulo Mustrangi colocou o dedo na cara prefeito de Nova Iguaçu e cobrou o fato do espaço ter ficado apenas para ele. As outras cidades não têm voz no programa petista. Lindberg tentou argumentar, mas não foi ouvido.

“Quero saber qual foi o prefeito que te autorizou a falar por ele no programa? Isso é uma falta de respeito com os colegas de partido”, gritou Mustrangi que precisou ser contido pelos colegas. A situação só não ficou pior porque Lindberg não respondeu o prefeito de Petrópolis a altura. “Quando ele é enfrentado não responde”, ressaltou um outro prefeito que preferiu não entrar na polêmica. Essa não é a primeira vez que Lindberg ganha todo o espaço do partido para fazer propaganda. Na campanha para vereadores os escolhidos por ele tiveram mais tempo enquanto os outros tiveram que se contentar apenas com o nome e o número.



“Ele não fala por nós”


Mas, se depender de Mustrangi essa prática do petista vai mudar. “Ninguém foi ouvido. Ele não pode sair por ai como se fosse o nosso porta-voz”, completou. Alguns prefeitos que pensam como Mustrangi já pensam em mandar documento para a Executiva do partido cobrando providências. A intenção de Lindberg é monopolizar todo o horário já que quer se eleger (a qualquer coisa) nas próximas eleições. A princípio o petista lançou sua candidatura ao governo do estado, mas já fala em tentar uma vaga de senador. Algumas pessoas próximas arriscam que ele poderá nem sair mais do cargo de prefeito.

“Se ele ficar uma semana que seja fora da prefeitura a coisa se complica para o lado dele, pois as irregularidades são muitas e certamente provas poderão ser conseguidas contra ele”, diz um petista com posição de destaque no diretório estadual.

O que Mustrangi e os outros prefeitos podem não saber é que Lindberg Farias precisa desesperadamente de imunidade já que está enfrentando sérios problemas com a Justiça. Se ficar sem mandato pode até ter a prisão decretada. Nos últimos dias, o prefeito de Nova Iguaçu prestou depoimento na Polícia Federal e fez questão de manter sigilo sobre o assunto. Os responsáveis pelo caso também não querem dar declarações, mas vazou a informação de que os problemas de Lindberg são referentes a possíveis irregularidades na Saúde, setor mais problemático de Nova Iguaçu.




sábado, 23 de maio de 2009

Síndrome de Darlene

Darlene, personagem de Débora Seco na novela América exibida pela TV Globo era uma jovem deslumbrada que fazia de tudo para aparecer, querendo se destacar de qualquer maneira. Lindberg Farias, paraibano de João Pessoa, é o prefeito de Nova Iguaçu e tem tudo a ver com a mocinha da novela, pois não mede as conseqüências dos atos feitos sob medida para ocupar espaço na mídia e se destacar. A última da Darlene da Baixada Fluminense é de amargar.

Baseado num parecer de um procurador que já sustentou coisas absurdas, Lindberg emitiu um decreto proibindo o tráfego de caminhões pela Rodovia Presidente Dutra, trecho de Nova Iguaçu, entre 5H e 10H nos dias úteis. Diz ele que a medida começa valer dia 19 de junho e que os caminhoneiros que não respeitarem o decreto, receberão pesadas multas e poderão ter seus caminhões apreendidos. Deve estar louco esse rapaz. Que autoridade tem ele sobre essa via, uma das mais importantes do país, cuja administração é de responsabilidade do governo federal? Que fundamento legal lhe garante esse direito?

Não precisa ser nenhum especialista em direito para se concluir que o decreto é inconstitucional e que nenhum tribunal desse país vai permitir que essa medida seja realmente levada a efeito, da mesma forma que basta o mínimo de inteligência para saber que a Darlene da Baixada Fluminense só está querendo mesmo é aparecer.

Conversei com um assessor do prefeito e perguntei sobre o tal decreto. O cara levou para si também a responsabilidade e respondeu: “Nós sabemos muito bem o que estamos fazendo. Só queremos mesmo é ganhar espaço na mídia e divulgar mais o nome do prefeito, que será candidato a senador em 2010”.

E aí, dá para levar essa gente a sério?




quarta-feira, 20 de maio de 2009

Dois pesos, duas medidas...

Depois de conseguir protelar o depoimento prestado a Polícia Federal no inquérito aberto para apurar a compra de R$ 1,8 milhão em receituários que nunca teriam chegado às unidades de atendimento médico, o prefeito de Nova Iguaçu, Lindberg Farias (PT) teve uma outra facilidade concedida pela PF. Daqui para frente ele será convocado para depor com o prazo máximo de 24 horas, para que a coisa não vaze e jornalistas como o titular do blog publiquem notícia.

O depoimento que o prefeito prestou na última sexta-feira no escritório de um dos criminalistas mais caros do Rio, era para ter acontecido na Delegacia da Polícia Federal no dia 8 deste mês. Foi remarcado para o dia 12, no gabinete de Lindberg, mas acabou acontecendo dia 15, no escritório do novo defensor do prefeito. Tem mais: depois que o prefeito falou no inquérito, o advogado que defende a ex-assessora que gerou esse ba-fa-fá todo, tentou tirar cópia do inquérito e não conseguiu.

Pois é. Depois vem o ministro da Justiça (o petista Tarso Genro), dizer que a Polícia Federal atua de forma republicana. Que enganar quem, ministro? Quando o pepino é contra alguém do PT a PF age de forma muito mais branda.

Uma trindade...

Os religiosos de Nova Iguaçu não estou gostando nada do que se comenta nos bastidores políticos locais, dando conta de que quem manda na cidade são o “pai, o filho e o espírito Santo”.

... nada santa

O “pai”, dizem, ganha tudo no grito, o “filho” sumiu das ruas e o “espírito santo”, que vive medindo forças com os demais secretários, está se mudando para a Barra da Tijuca e passou a andar em carro blindado.

Recebi recado de alguém se dizendo assessor do presidente da Câmara de Vereadores de Nova Iguaçu, Marcos Fernandes (DEM), dizendo que o chefe não gostou da matéria “Vereadores ‘vendem’ rua por R$ 200 mil em Nova Iguaçu”.

Problema dele...

Descontentamento

Gente que teve grande participação na reeleição do prefeito de Rio das Ostras, Carlos Augusto Baltazar, já dá sinais de insatisfação.

Saúde doente

Além de médico e boa vontade, está faltando medicamentos nas unidades de Saúde de São João de Meriti, setor que é comandado por um policial militar reformado, o deputado estadual Iranildo Campos, que entende do assunto tanto quanto esse jornalista de engenharia.

De quem é a conta?

O Ministério Público voltou os olhos para Belford Roxo. Quer saber quem, pagou pelos muitos outdoors espalhados pela Baixada Fluminense e ao longo das rodovias Presidente Dutra e Avenida Brasil com a imagem da primeira dama Eliane Rolim, que deverá ser candidata a uma cadeira na Assembleia Legislativa em 2010.





terça-feira, 19 de maio de 2009

Voto vira moeda de troca em Nova Iguaçu

Na Câmara de Vereadores as mensagens só entram em pauta depois de muita conversa com o prefeito Lindberg Farias, que teve a criação de mais quatro secretarias rejeitadas porque não teria distribuído cargos suficientes.

A aparente independência dos vereadores de Nova Iguaçu caiu por terra nos últimos dias. Como na legislatura passada, eles voltaram a só votar as mensagens do prefeito Lindberg Farias depois de negociarem cargos. A manobra ficou clara quando a maioria votou pela criação de seis novas secretarias. Logo depois, os vereadores Carlos Ferreira, o Ferreirinha e Fernando Cid, foram escolhidos para assumir duas secretarias. Cid ficou com a recém-criada Secretaria de Meio Ambiente e Agricultura e Ferreira com a Secretaria de Fazenda, desalojando Walney Rocha para Obras, outra secretaria criada pelo grupo a toque de caixa. No entanto, Lindberg Farias queria mais e enviou para Câmara a criação de outras quatro secretarias.

Depois de tudo certo entre os vereadores e o prefeito, foi a vez de votarem pela cessão de uma rua para que o Top Shopping pudesse fazer uma ampliação com um investimento de R$ 80 milhões. Enquanto as votações aconteciam, Lindberg publicava em Diário Oficial as nomeações dos cabos eleitorais e apadrinhados. Em poucos dias foram mais de 250 nomeados para agradar ao grupo de vereadores, mas, eles ainda não estavam satisfeitos. Bastou então um pequeno deslize de Lindberg para o grupo voltar atrás: quando parecia tudo acordado e a criação das outras secretarias eram favas contadas, o grupo recuou e não aprovou as secretarias. Mais do que isso, ameaçou votar as contas do prefeito do exercício de 2007, forçando o prefeito, mais uma vez, chamar o presidente da Câmara para negociar.

De olho na Codeni

De acordo com uma fonte ligada ao presidente da Câmara, a intenção do presidente Marcos Fernandes é nomear o vice-presidente da Companhia de Desenvolvimento de Nova Iguaçu (Codeni), autarquia controlada pelo grupo da vice-prefeita Sheila Gama e do marido dela, o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado, Aluísio Gama. Marcos teria feito pressão e teve vários cargos exonerados e, como reação, completa a fonte, “manipulou o grupo e deu 30 dias para que o prefeito explique possíveis irregularidades em suas contas”.

“Com isso o prefeito voltou atrás. Os dois conversaram mais uma vez e, pelo jeito, até o final dessa semana tudo estará novamente acordado. Pelo menos até que o prefeito resolva deixar de cumprir sua palavra mais uma vez o que já é de se esperar uma vez que Lindberg é conhecido por não cumprir o que promete”, completou a fonte.

Segundo um membro do grupo, o trunfo das contas será mantido o máximo de tempo possível. “Enquanto não aprovarmos as contas o prefeito estará em nos-sas mãos”, disse o vereador, concordando que es-sa relação só atrapalha o andamento da cidade, pois enquanto a maioria dos membros da Câmara faz o prefeito Lindberg Farias de refém para conseguir cargos, assuntos realmente importantes ficam de lado, já que para o grupo não são importantes na hora da negociação.