quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Insensibilidade máxima em Cachoeiras de Macacu

Educação é coisa muito séria e é um direito de todos. Bem, isso depende... Em Cachoeiras de Macacu esse direito está sendo garantido apenas aos filhos de quem pode pagar uma escola particular, pois o prefeito Rafael Miranda não está nem aí para as camadas menos favorecidas. Se tivesse essa preocupação já teria negociado com os professores e garantido a volta às aulas.
Apoio integralmente os professores, mas sou contra greve nos setores de saúde, educação e segurança. Sou pela negociação sempre, pelo diálogo, pois nos casos de greve quem sofre é a população. A greve dos professores não está afetando em nada ao prefeito e a seus familiares. Eles não precisam da rede pública para nada. Se beneficiam do poder público com seus cargos e regalias, mas do atendimento propriamente dito não precisam.
Se depender de Rafael Miranda essa greve não terá fim. Para ele não importa que os filhos de seus eleitores fiquem sem aula. Ele quer mais é que se dane. Então, professores, repensem e mostrem para ele o quanto vocês são superiores e voltem às salas de aula. Continuem exigindo seus direitos e, no próximo ano, dêem a Rafael Miranda e aos vereadores que o sustentam na Câmara, a resposta que eles merecem.

1 comentários:

Anônimo disse...

Elizeu, sou professora e ao colocar sou contra greve, me deparei com seu comentário. TAmbém sou professora e contra greve, continuei dando aulas. No entanto, pasme, meu esforço foi inútil. Nossa sociedade não valoriza a educação e ponto. Meus alunos reclamavam o fato de estarem vindo à aula. Ao tentar novas formas de atuação com abaixo-assinados, cartas a vereadores, internet, etc, vi a baixa adesão dos pais. Fiquei me sentindo isolada dos meus colegas, por ser uma furona, dos pais e dos alunos, que apenas me diziam: você está certa, greve atrapalha as férias.
Me sinto enganada pelo Sindicato, que me obriga apenas a uma forma de atuação para ser ouvida. Me sinto enganada pela sociedade pela qual luto, que só importa se sua rotina será mudada. Por fim, vi numa placa de colegas"Quem se importa com os professores?". Tenho 27 anos de magistério e acreditava que a Educação era importante. Pasme, não é para quase ninguém. Nem por quem está parado, nem por quem finge que não ouve, nem por quem é afetado.
Não há mais ideais nem para os Sindicatos. A luta é pelo aumento do salário, mas o serviço está ruim, o sistema é ruim, a sala de aula lotada é ruim, o sistema público não se importa com ninguém.
Estou pessimista? Sim, talvez esteja na hora de mudar de profissão, porque quero ser profissional, investir, estudar e dar aulas de qualidade, a despeito se estou em escola pública ou particular. Tenho colegas que não faltam ao seu colégio particular, mas estão de licença médica há meses na pública. Imagino que a escola pública adoeça qualquer um que não goste minimamente do que faz, e tenha baixo limiar a frustração das condições oferecidas.Se é para eu brincar de ser professora, ou virar um sacerdócio que não é reconhecido nem pela sociedade, está na hora de pensar num concurso no Senado para revisora de textos, ganhando 23 mil. PIor é ter que trabalhar para quem hoje nem está aí se eu existo.
Só um desabafo.
Um abraço da Furona.