segunda-feira, 12 de setembro de 2011

Sobre os males da Ampla

A concessionária de energia elétrica Ampla que presta um péssimo serviço, cobra caro por ele e quer receber, na marra, uma dívida da Prefeitura de Magé que ela diz ser de R$ 60 milhões, mas não abre a caixa-preta dos cálculos, é a mesma que coloca a população em risco. O engenheiro Valther de Souza me enviou um documento com informações técnicas suficientes para sustentar uma ação judicial e enquadrar essa empresa como ela merece, pois a Ampla submete a população a perdas, danos e ameaça constantes.
Vamos começar pela caixa do medidor de consumo, padrão de material plástico, de dimensões variadas para atender a instalação do relógio segundo a capacidade do equipamento. É fechada com lacre de segurança pela concessionária. Os leigos não sabem, mas essa foi fabricada para ser instalada embutida, ficando exposta só a tampa, com formas arredondadas, mas a dona Ampla exige que a caixa seja instalada totalmente exposta, o que expõe também todo cabeamento. Isso, pontua o engenheiro, “põe em risco segurança do consumidor”.
Nesse aspecto os riscos são pelo menos dois: Assaltos – Qualquer um pode cortar os cabos em horários em que facilite sua ação criminosa. Uma vez cortado, fica interrompido o fornecimento de energia e o consumidor, ao sair para verificar o ocorrido pode ser vítima de assaltos ou quaisquer tipos de violência, inclusive estupro; Furtos – As residências que possuem sistemas de alarme ou monitoramento ficam vulneráveis. Semelhantemente ao risco de assaltos, pois cortados os cabos aparentes, o meliante pode aguardar o tempo suficiente para que as baterias sejam descarregadas, o que ocorre em menos de uma hora na maioria dos casos, e proceder com sua ação criminosa.
A exigência da Ampla também expõe o consumidor ao vandalismo, pois o simples fato de estarem expostos os cabos das ligações dos medidores já é um facilitador para ação de vândalos. O simples corte da energia pode trazer prejuízos diversos em residências, comércios e indústrias. Ainda têm os danos materiais, pois uma ação voluntária ou acidental que viole o isolamento dos cabos pode-se causar um curto e gerar danos aos equipamentos de elétricos, o que poderá culminar em incêndio, isso sem falar nos riscos a transeuntes, pois é proibida a ocupação não autorizada do passeio público. Os que trafegam por este têm de se esquivar das caixas dos medidores, pois correm risco chocar-se com estas. Havendo, por exemplo, um dano no isolamento de um cabo, em um dia de chuva, o simples contato com um guarda-chuva neste pode levar à morte.
Tem o dano ao patrimônio, pois as fachadas dos imóveis ficam danificadas com a instalação destas caixas de medidores, devido à fixação e tem também a violação da ordem urbanística. “Fica violada a ordem urbanística do desenvolvimento. Ao invés do progresso, vê-se uma adaptação barata, para não dizer porca, para o uso de um bem tão caro. Utilizando um termo mais conhecido dentre os profissionais envolvidos com sistemas elétricos, pode-se comparar o que a Ampla entende como instalação de medidor como a mais autêntica “gambiarra”. Destaque para o dano estético, uma vez que já não sendo aprazível a visão poluída de tantos fios, fica ainda mais acentuada quando se aumenta a quantidade destes ao se pôr exposta toda a instalação do medidor”, diz o documento.
Pior ainda. Vem o dano moral imposto a todos por essa concessionária. “Há pouco tempo, o tipo de instalação de um medidor feito na forma que é dispensado aos consumidores de hoje era dado àqueles que eram flagrados com furto de energia, mais conhecido como “gato”. Uma vez feita a instalação desta forma, o consumidor já era visto por todos como alguém que burlou a medição”, prossegue o documento.
A Ampla ocupa indevidamente o solo público quando instala medidores em muros e sistema de padrões agrupados. Ela cobra tarifas para as empresas de telefonia, internet e televisão para utilizarem seus postes, mas ela mesma não faz o pagamento. Ela também coloca postes fora dos alinhamentos dos rumos das propriedades e em pontos estrangulando a passagem destes, mas quando a Prefeitura faz a urbanização de algum bairro e encontra um poste no meio da rua, a Ampla cobra uma taxa para remover o que instalou de forma errada.

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